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sábado, 3 de novembro de 2012

Crônicas do 5º Encontro do XX Curso da União de Famílias de Schoenstatt do Brasil

Nosso 5º encontro começou com a oração em capital de graças:

Ave Maria por tua pureza, conserva puro meu corpo e minha alma!
Abre largamente o teu coração e o coração de teu filho.
Implora-me um profundo reconhecimento de mim mesmo e a perseverança até a morte,
dá-me almas e tudo o mais toma-o para ti.
Amém. (Pe. José Kentenich)

Estamos cursando em 10 casais, depois que o Joel e Michele deixaram de caminhar conosco no início de 2012:

Alexandre e Gil
Everaldo e Myrna
Joel e Maria Fernanda
Luiz Antônio e Cleonice
Marco Paulo e Rochelli
Maximiliano e Karen
Paulo Junior e Angela
Ricardo e Andressa
Ricardo e Flávia
Ricardo e Franciane

Na sexta-feira, dia 27/07, no Santuário Tabor Magnificat, em Curitiba, nos reunimos para celebrar a Eucaristia. Todas as famílias presentes com a graça de termos o Pe. Ênio conosco. O casal Alexandre e Gil descreveram a vida de São Pantaleão, santo do dia. Ele foi mártir da Igreja no século IV, médico, como muitos de nosso curso, converteu-se ao realizar um milagre em nome de Jesus Cristo, Nosso Senhor. E depois foi assassinado pela inveja de outros médicos. Na homilia, o Pe. Ênio também falou de um santo, desta vez de São Camilo de Lellis, fundador da Ordem dos Ministros dos Enfermos (Camilianos). É considerado protetor dos enfermos e dos hospitais. Após vida desregrada, ele converteu-se pela ação de Deus e amou a humanidade doente e pobre.

Os santos que conhecemos no primeiro dia de encontro parece que trouxeram um recado de pureza para nós, em resposta ao nosso pedido à nossa Mãe: "conserva puro meu coração e minha alma"!

Precisamos de médicos que cuidem de nossas almas, que as curem, purifiquem.

Na primeira leitura ouvimos: "Convertei-vos, filhos, que vos tendes afastado de mim, diz o Senhor, pois eu sou vosso Senhor; vou tomar-vos, um de uma cidade e dois de uma família, e vos reconduzirei a Sião; eu vos darei pastores segundo o meu coração, que vos apascentarão com clarividência e sabedoria." (Jr 3, 14-17).

Toma-nos Senhor para ti e nos purifica!

Começamos o segundo dia, 28/07, já organizados, cada um com suas tarefas:

- Missa de abertura no Santuário - Formadores
- Missa de encerramento na Capela CIESC - Formadores
- Casal responsável por administrar o tempo durante o encontro e também o despertar de domingo - Max e Karen
- Lembranças do V Encontro - Ricardo e Franciane
- Oração da manhã e Oração da Noite - Marco Paulo e Rochelli
- Adoração - Luiz e Cleonice
- Terço - Ricardo e Flávia
- Cuidados com os filhos - Joel e Maria Fernanda
- Tempo livre após o almoço de sábado - Marco Paulo e Ricardo Kfouri (momento musical)
- Tempo livre após o almoço de domingo - Livre para bate papo e convívio
- Orações antes das refeições (almoços e jantar) - Ricardo e Andressa
- Registros do Encontro: Fotos e preparação da crônica após o encontro - Junior e Angela

A formação central do encontro foi conduzida pelo casal Olindo e Marilene Toaldo. O tema: virtudes cardeais!

Antes, conhecemos os temas de formação da União de Famílias durante o tempo de candidatura.

A Mãe de Deus é modelo de personalidade madura. Maria, revestida de sol, do próprio Deus, nosso Senhor Jesus Cristo. Com a lua debaixo de seus pés, ou seja, com tudo que é efêmero e passageiro debaixo de nós mesmos.

E 12 estrelas:

- Valores: Deus, vida, liberdade, amor
- Virtudes: fé, esperança, caridade, temperança (sobriedade, castidade, mansidão e a humildade), justiça (religião, piedade, gratidão, obediência), fortaleza (magnanimidade, magnificiência, paciência e perseverança), prudência (ponderação, bom senso, equilíbrio).
- Ideal pessoal

As virtude são a excelência do ser, hábito do bem, meio para alcançar o maior bem (Sócrates). Sem cultivar as virtudes, a humanidade perde o próprio sentido de ser humano. Não passamos de animais primitivos pouco desenvolvidos.

Fizemos exercícios pessoais e refletimos sobre nossas personalidades, sempre a partir do “Estar livre de ..... a fim de estar livre para .......”

Em oração, em adoração, em celebração caminhamos no processo de maturidade pessoal. Rezamos o terço, adoramos a Jesus Cristo Eucarístico, Celebramos a Eucaristia para encerrar nosso encontro no Domingo.

E, ainda, na noite de sábado, tivemos um momento dos casais em curso onde trocamos idéias e nos aproximamos como comunidade, desejando um estreitamento maior de relações, partilha e formação.

Ao final do encontro também falamos sobre os próximos passos, em especial sobre nossa “Aliança de Amor com Maria”. Também soubemos que se prevê para o terceiro ano de formação a preparação para conquista do Santuário-Lar de cada uma das famílias do Curso.

Também elegemos nosso novo casal coordenador, o casal Ricardo e Franciane.

E todos os casais assumiram uma responsabilidade para o período agosto/2012 a julho/2013:

- Infraestrutura e ambiente: Marco e Rochelli
- Oração: Everaldo e Myrna
- Alimentação: Ricardo e Andressa
- Tesouraria: Joel e Maria Fernanda
- Liturgia: Luiz e Cleonice
- Espiritualidade: Ricardo e Flávia
- Secretaria: Junior a Angela
- Cuidado dos filhos: Alexandre e Gil
- Comunicação: Max e Karen

Que o Espírito Santo seja nossa força e luz!

Curitiba, 27 a 29 de julho de 2012.

Paulo Cesar Starke Junior, 03 de novembro de 2012.

sábado, 20 de outubro de 2012

O casamento é uma boa notícia para o mundo de hoje

Dom Vincenzo Paglia

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 16 de outubro de 2012 (ZENIT.org) - Apresentamos a seguir a intervenção de dom Vincenzo Paglia, presidente do Conselho Pontifício para a Família, durante a Décima Primeira Congregação Geral do Sínodo dos Bispos, em 15 de outubro de 2012.

****

O Santo Padre, na homilia inicial, nos disse: "O matrimônio constitui em si mesmo um evangelho, uma boa nova para o mundo de hoje", porque ele "é baseado na graça que vem do Deus Uno e Trino".

A união entre o homem e a mulher fala poderosamente de Deus. Ela é uma boa notícia porque responde à necessidade radical de família, inscrita desde as origens nas profundezas do homem e da mulher. Deus disse: "Não é bom que o homem esteja só. Façamos-lhe uma companheira semelhante a ele" (Gn 2, 18).

O homem não é nada por si mesmo: tudo entra no jogo da interdependência. No entanto, muito da história ocidental foi concebido como libertação de todo vínculo, até mesmo dos vínculos de família. A deflagração da família aparece como o problema número um da sociedade contemporânea, embora poucos percebam isto. Não é o caso da Igreja, verdadeiramente "perita em humanidade", como disse Paulo VI. Não podemos ficarem silêncio. Eisto não por sermos conservadores ou defensores de uma instituição fora de moda. O que está em jogo é nada menos que a estabilidade da sociedade.

 É claro que é urgente, muito urgente, pôr em marcha uma reflexão cultural mais cuidadosa, para que a família conquiste o centro da política, da economia, da cultura, e uma estratégia mais solícita para defender os seus direitos nos âmbitos nacionais e internacionais.

Deve-se enfatizar também outro aspecto. Embora minoritárias, existem inúmeras famílias cristãs que vivem, às vezes heroicamente, a lealdade e o compromisso do casamento e da família. Esta luz extraordinária de amor deve ser colocada sobre o candeeiro, para iluminar e aquecer o nosso mundo, que está tão triste e apagado.

A Igreja tem que se tornar cada vez mais a família das famílias, inclusive das famílias feridas, vivendo um movimento recíproco de dar e receber. Abre-se assim o amplo espaço da família como sujeito da evangelização. João Paulo II afirmava: "O futuro da evangelização depende em grande parte da Igreja doméstica". A experiência nos diz que a Igreja atrai quando vive realmente de um jeito familiar. E se, em tantos cantos do mundo, nós encontramos infertilidade pastoral, não é precisamente porque nos tornamos mais instituição do que família?

Vivendo a Igreja de maneira familiar e a família como pequena igreja, ou seja, vivendo o desafio de uma Igreja de comunhão, como foi pedido pelo Concílio Vaticano II, nós experimentaremos, também hoje, a alegria da primeira comunidade cristã, quando "o Senhor acrescentava à comunidade aqueles que iam sendo salvos" (Atos 2,47).

(Trad.ZENIT)

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

As Famílias numerosas são as mais felizes

Falando no Sínodo, o Superior Geral dos Padres de Schöenstatt, desejou uma reavaliação da catequese matrimonial


Pelo rev. Pe. Heinrich Walter


CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 15 de outubro de 2012 (ZENIT.org) – Publicamos a seguir a intervenção do Pe Heinrich Walter, Superior Geral dos Padres de Schöenstatt, na décima Congregação Geral do Sínodo dos Bispos (13 de Outubro 2012).

***

Se pensarmos a longo prazo, a Igreja no mundo ocidental não tem futuro sem uma renovação da família. Quem tem filhos tem futuro. Os pais com muitos filhos aparecem nas estatísticas como as pessoas mais felizes da sociedade.

O matrimônio e a família devem ser reconhecidos hoje como uma vocação. É aqui que acontece a evangelização. Os fieis seguem, indo contra a corrente da sociedade, o caminho do seguimento de Cristo. Por este motivo, devem receber todo o apoio possível na preparação do matrimônio.

O Sacramento do Matrimônio é muito valioso. O fracasso do matrimônio tem muitas vezes consequências trágicas. Devemos perguntar-nos claramente quais são as condições em que se realiza este Sacramento.

Aqui se precisa fazer uma adequada distinção pelo bem da família. A família permanece o fundamento para a aprendizagem da fé. A família compreende a própria casa como casa de Deus. Os filhos percorrem com os pais um longo caminho na aprendizagem da fé.

A vitalidade de uma comunidade está ligada a estes lares cristãos. As famílias são não só um lugar privilegiado de evangelização, mas, como leigos, são também agentes de evangelização. Na América do Sul conheci o projeto das missões familiares.

Algumas famílias se reúnem e durante as férias vão por uma semana à uma comunidade. Aqui vivem em condições muito simples, e, como família, vão de casa em casa para dar testemunho da sua fé. Assim são evangelizadas cidades e bairros. É um sinal de esperança ver estas famílias que testemunham em público a sua vocação.

sábado, 15 de setembro de 2012

Crônicas do 3º Encontro do XX Curso da União de Famílias de Schoenstatt do Brasil

TERCEIRO ENCONTRO DO XX CURSO DA UNIÃO DE FAMÍLIAS DE SCHOESNTATT

CURITIBA, 25 A 27 DE NOVEMBRO DE 2011

Iniciado com a Missa na noite gelada de sexta-feira à noite, no Santuário Tabor Magnificat, e a queima do Capital de Graças oferecido pelos frutos do Encontro, na manhã ensolarada e fria do sábado começou o programa de formação das famílias participantes do Encontro, reunidas na Casa de Retiros das Irmãs do Sagrado Coração, em Santa Felicidade. 

Com a direção dos amigos Marcus e Simoni, formadores deste Curso, e Gines e Bernadete - vindos especialmente de Londrina para estarem conosco – o grande tema abordado foi o da diferença da psicologia masculina e feminina e a importância de conhecê-las a fundo, à luz da ciência, contemplando o grande milagre da criação de Deus, que constituiu homens e mulheres tão díspares, mas também tão complementares. No mesmo sentido, houve o estudo pormenorizado dos temperamentos humanos: colérico, sanguineo, melancólico e fleumático, tendo como principal objetivo que cada casal conhecesse o próprio temperamento dominante, assim como o do seu cônjuge.

Naturalmente, como visto em detalhes nas palestras, não há temperamentos melhores ou piores. Há, sim, característica positivas em cada um deles – as quais devem ser realçadas e aprimoradas, em benefício da harmonia pessoal, conjugal e familiar – assim como caracteres negativos – os quais devem ser objeto de constante atenção e luta diárias. Nada do tipo: “sou assim mesmo, meu temperamento é deste jeito e os outros, cônjuge e filhos, que dêem um jeito de aturá-lo”. Suave egoísmo de quem abdica da luta cristã permanente, que só terá fim no dia da nossa morte terrena. 

Participação especial no Encontro, da Irmã Sonia Maria, do Colégio Mãe de Deus, em Londrina, que abordou a Pedagogia da Educação de Schoenstatt, tão vasta e bela que não cabe neste espaço, mas pode ser traduzida num único termo: auto-educação, isto é, confiantes em Deus e sob a proteção de Maria, devemos educarmo-nos primeiro, como homens e mulheres autenticamente cristãos, tornando-nos aptos para fazer aquilo que Deus desejou para cada um de nós no momento em que nos chamou à existência. 

Os dias de Encontro, sábado e domingo, “voaram”, como de costume. Mas em meio à intensa formação, práticas de piedade cristã, como o Terço e a Adoração ao Santíssimo, despontou uma vez mais o grande espírito de família existente no curso: crianças brincando, sorrindo, chorando; alguns pais e mães adoecidos, mas firmes para cumprir o programa do Encontro; grávidas felizes com suas barrigas cada vez mais salientes; mães preocupadas com o fim do ano letivo dos filhos; pais cansados pelo fim de ano que se aproxima... mas todos juntos no ideal de formar-se a si próprios e construir, com seus cônjuges e filhos, uma família autenticamente cristã no mundo de hoje – objetivo de uma vida inteira, de lutas constantes, avanços e retrocessos, vitórias e derrotas, alegrias e dores, desafios e obstáculos, mas sem desistir jamais, porque Deus está conosco e Maria, a Mãe de Deus, acompanha nossos passos.

Max e Karen

sábado, 25 de agosto de 2012

União de Curitiba celebra o Congresso de Hoerde

Em 11/08/2012, os membros da União e candidatos (União de Famílias, União Feminina e União de Sacerdotes), de Curitiba, reuniram-se no Santuário Tabor Magnificat da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt para celebrar os 93 anos do Congresso de Hoerde, evento que marcou o início da União de Schoenstatt.

O momento de encontro foi marcado pela Celebração Eucarística presidida por Dom Rafael, da União de Sacerdotes de Shoenstatt, por uma vivência preparada pela Família Moser do XV Curso da União de Famílias e pela participação de praticamente todos os membros da União de Curitiba.






segunda-feira, 7 de maio de 2012

Prêmio ou Presente

Quanto recebemos um prêmio, normalmente fazemos por merecer, pode ser porque estudamos muito, ou pesquisamos bastante, ou ainda treinamos puxado.

Já um presente, como o nome diz, é de graça, não acontece como uma troca, não trata-se de mérito; trata-se de apreço, de gosto, de alegria, de lembrança, de contentamento, de doação.

Assim é o amor de Deus, ele não nos ama porque merecemos, e sim porque quer nos PRESENTEAR, nos presenteia todos os minutos com a nossa vida, nos presenteia em cada eucaristia, nos presenteia em cada sacramento, em cada sacerdote, em cada religioso, em cada leigo, em cada ateu.

Nos presenteia, no aniversário, no aniversário do primeiro passinho, no aniversário da primeira mamadeira, no aniversário da primeira palavra, no aniversário do ... no dia das crianças, no dia das mães, no dia dos pais, dia dos avós, dia dos santos, ... enfim no dia do “nada”, ou seja todos os dias, no passado, no presente e no futuro. Sempre nos presenteia, nunca nos premia.

A Graça de Deus é gratuita, não pode ser negociada, trocada, embargada , permutada e nem estocada.

Devemos apenas aceitar o presente que de presente recebemos, e viver intensamente cada dia, com a certeza que o sangue derramado por Cristo, não foi em vão, e o Amor de Deus por nós é eterno!

Alexandre Rossi

sábado, 21 de abril de 2012

União Apostólica de Famílias de Schoenstatt - Paraná - 2012

Querida Mãe, queremos pedir-te que nos ajudes a ser "Família Santa do Pai, Tabor par ao Mundo". Pedimos-te também que nos envies autênticas vocações, eduques bons dirigentes e formadores e nos ajudes a conquistar a casa da nossa União. com estes pedidos te coroamos novamente, como Rainha da União de Famílias do Brasil.

Com grande alegria, aqui estamos (espiritualmente) no Santuário Tabor, onde atuas, particularmente, como Rainha da Filialidade Heróica, para proclamar-te Rainha da União de Famílias do Brasil.

Como famílias da União, unidos ao nosso Pai e Fundador, fiéis aos seus ensinamentos e a seu exemplo, oferecemos-te, hoje, a Coroa como sinal de gratidão por tudo quanto realizastes em nós, em nossas famílias, em nossos Cursos, em toda a União de Famílias no Brasil e no mundo.

Cremos que desde a eternidade fomos eleitos pela sabedoria divina como teus pequenos instrumentos. Sabemos que nada podemos sem ti, mas cremos também que nada poderás fazer sem nós, por isso, pedimos-te: acolher em teu coração todas as famílias da União, cada um de seus membros e ajuda-nos na nossa auto-educação, visando, principalmente a conquista da liberdade interior; envia-nos autênticas vocações e cuida que cresçamos em profundidade, construindo uma Comunidade ideal, a fim de que possamos contribuir eficazmente na realização da grande missão de Schoenstatt.

Mãe, sê a Rainha da União de Famílias do Brasil.

"Rainha da União de Famílias, torna-nos Famílias Santas do Pai, Tabor para o Mundo!"

sábado, 7 de abril de 2012

Essa homilia do Sábado Santo é a minha preferida há 15 anos!

Irmãos de curso! Feliz Páscoa! Ao meditar nesta homilia, podemos contemplar com bastante intensidade o que se passa neste Sábado Santo.

De uma antiga Homilia no grande Sábado Santo

(PG43,439.451.462-463)
(Séc.IV)

A descida do Senhor à mansão dos mortos

Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.

Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos.

O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: “O meu Senhor está no meio de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará.

Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: ‘Saí!’; e aos que jaziam nas trevas: ‘Vinde para a luz!’; e aos entorpecidos: ‘Levantai-vos!’

Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te dentre os mortos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te,
saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.

Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci à terra e fui até mesmo sepultado debaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado.

Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi, para restituir-te o sopro da vida original. Vê na minha face as bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem, tua beleza corrompida.

Vê em minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar de teus ombros o peso dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à árvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendeste levianamente as tuas mãos para a árvore do paraíso. Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava dirigida contra ti.

Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus.

Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, construído o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o reino dos céus preparado para ti desde toda a eternidade”.



Ricardo Alexandre.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O Codeiro imolado na festa dos ázimos

Da Homilia sobre a Páscoa, de Melitão de Sardes, bispo
(N.65-71: SCh123,94-100)
(Séc.II)
O Cordeiro imolado libertou-nos da morte para a vida
Muitas coisas foram preditas pelos profetas sobre o mistério da Páscoa, que é Cristo, a quem seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém (Gl 1,5). Ele desceu dos céus à terra para curar a enfermidade do homem; revestiu-se da nossa natureza no seio da Virgem e se fez homem; tomou sobre si os sofrimentos do homem enfermo num corpo sujeito ao sofrimento, e destruiu as paixões da carne; seu espírito, que não pode morrer, matou a morte homicida.
Foi levado como cordeiro e morto como ovelha; libertou-nos das seduções do mundo, como outrora tirou os israelitas do Egito; salvou-nos da escravidão do demônio, como outrora fez sair Israel das mãos do faraó; marcou nossas almas como sinal do seu Espírito e os nossos corpos com seu sangue.
Foi ele que venceu a morte e confundiu o demônio, como outrora Moisés ao faraó. Foi ele que destruiu a iniqüidade e condenou a injustiça à esterilidade, como Moisés ao Egito.
Foi ele que nos fez passar da escravidão para a liberdade, das trevas para a luz, da morte para a vida, da tirania para o reino sem fim, e fez de nós um sacerdócio novo, um povo eleito para sempre. Ele é a Páscoa da nossa salvação.
Foi ele que tomou sobre si os sofrimentos de muitos: foi morto em Abel; amarrado de pés e mãos em Isaac; exilado de sua terra em Jacó; vendido em José; exposto em Moisés; sacrificado no cordeiro pascal; perseguido em Davi e ultrajado nos profetas.
Foi ele que se encarnou no seio da Virgem, foi suspenso na cruz, sepultado na terra e, ressuscitando dos mortos, subiu ao mais alto dos céus.
Foi ele o cordeiro que não abriu a boca, o cordeiro imolado, nascido de Maria, a bela ovelhinha; retirado do rebanho, foi levado ao matadouro, imolado à tarde e sepultado à noite; ao ser crucificado, não lhe quebraram osso algum, e ao ser sepultado, não experimentou a corrupção; mas ressuscitando dos mortos, ressuscitou também a humanidade das profundezas do sepulcro.


Ricardo Alexandre

sábado, 31 de março de 2012

Personagens da Páscoa! Bom para posicionar-mos

Dos Sermões de São Gregório de Nazianzo, bispo

 (Oratio 45,23-24:PG36,654-655)

 (Séc.IV)

 Vamos participar da festa da Páscoa

Vamos participar da festa da Páscoa, por enquanto ainda em figuras, embora mais claramente do que na antiga lei (a Páscoa legal era, por assim dizer, uma figura muito velada da própria figura). Mas, em breve, participaremos de modo mais perfeito e mais puro, quando o Verbo vier beber conosco o vinho novo no reino de seu Pai, revelando definitivamente o que até agora só em parte nos mostrou. A nossa Páscoa é sempre nova.

 Qual é essa bebida e esse conhecimento? A nós compete dizê-lo; e ao Verbo compete ensinar e comunicar essa doutrina a seus discípulos. Porque a doutrina daquele que alimenta é também alimento.

 Quanto a nós, participemos também dessa festa ritual, não segundo a letra mas segundo o Evangelho; de modo perfeito, não imperfeito; para a eternidade, não temporariamente. Seja a nossa capital, não a Jerusalém terrestre, mas a cidade celeste; não a que é agora arrasada pelos exércitos, mas a que é exaltada pelo louvor e aclamação dos anjos.

 Sacrifiquemos não novilhos ou carneiros com chifres e cascos, vítimas sem vida e sem inteligência; pelo contrário, ofereçamos a Deus um sacrifício de louvor sobre o altar celeste, em união com os coros angélicos. Atravessemos o primeiro véu, aproximemo-nos do segundo e fixemos o olhar no Santo dos Santos.

Direi mais: imolemo-nos a Deus, ou melhor, ofereçamo-nos a ele cada dia, com todas as nossas ações. Façamos o que nos sugerem as palavras: imitemos com os nossos sofrimentos a Paixão de Cristo, honremos com o nosso sangue o seu sangue, e subamos corajosamente à sua cruz.  Se és Simão Cireneu, toma a cruz e segue a Cristo.

 Se, qual o ladrão, estás crucificado com Cristo, como homem íntegro, reconhece a Deus. Se por tua causa e por teu pecado ele foi tratado como malfeitor, torna-te justo por seu amor. Adora aquele que foi crucificado por tua causa. Preso à tua cruz, aprende a tirar proveito até da tua própria iniqüidade. Adquire a tua salvação com a sua morte, entra com Jesus no paraíso, e saberás que bens perdeste com a tua queda. Contempla as belezas daquele lugar, e deixa que o ladrão rebelde fique dele excluído, morrendo na sua blasfêmia.

 Se és José de Arimatéia, pede o corpo a quem o mandou crucificar; e assim será tua a vítima que expiou o pecado do mundo. Se és Nicodemos, aquele adorador noturno de Deus, unge-o com perfumes para a sua sepultura.

 Se és Maria, ou a outra Maria, ou Salomé, ou Joana, derrama tuas lágrimas por ele. Levanta-te de manhã cedo, procura ser o primeiro a ver a pedra do túmulo afastada, e a encontrar talvez os anjos, ou melhor ainda, o próprio Jesus.



Ricardo Alexandre

quinta-feira, 15 de março de 2012

Pode ter sido um Sinal da Mãe Peregrina!

Irmãos leiam com atenção a notícia! podemos debater no encontro amanhã:

Imagem da Mãe Peregrina sobrevive a incêndio.

http://www.sulinfoco.com.br/misterio-da-mae-peregrina-intriga-igreja-catolica-em-lauro-muller


Ricardo Alexandre

domingo, 15 de janeiro de 2012

Algumas respostas ao nosso século

(escrito no dia do nascimento do João Paulo)

Durante a gestação ouvimos muitas coisas, as quais nos fizeram pensar e reforçar nossa fé, e rapidamente gostaria de compartilhar com vocês.

1) Nossa, três?! Mas agora você vai fazer vasectomia ou ela vai fazer laqueadura.

Não! Não vamos fazer nada disto, vamos continuar abertos a vida, abertos a Graça de Deus, abertos aos presentes de Deus. Certamente temos nosso planejamento familiar, e faremos nosso controle através de métodos seguros e eficazes, os métodos naturais.

2) Vocês são loucos, 03 filhos, e justo agora que os outros estavam grandes?

Não, não somos loucos, somos esperançosos de um mundo melhor, feito por gente mais santa, por uma juventude ardente, e por homens e mulheres autoeducados.

Não, não somos loucos, somos apaixonados. Apaixonados um pelo outro, apaixonados pelo Pedro Paulo e pela Maria Clara, apaixonados pela vida, e sobre tudo apaixonados diariamente, o que transforma nossa paixão em AMOR, que não se vai, mas se renova a cada inspirar e expirar, a cada sopro, a cada dia, a cada vida, e agora se renova com o João Paulo.

Não, não somos loucos, apenas gostamos da casa cheia, cheia de aromas, de cores, de sons, de oração vivida, enfim gostamos da casa cheia de gente, cheia de vida, pois em nossa casa VIVEMOS e não passamos pela vida!

Se a maioria acha que isto é loucura, tenho uma outra visão: “viver o chamado que Deus tem para nós é ser DIFERENTE, é não ser massificado, e não ser mecanicista”.

3) Vocês já estão acostumados: é só mais um filho!

Não! Não é mais um filho! É o João Paulo... João Paulo... único com sua natureza humana, sua natureza sobrenatural e psicológica. É um novo presente que Deus nos oferece para nosso caminho de Santidade pessoal, Santidade de casal e Santidade familiar. Não estamos tendo um terceiro filho, como o mundo normalmente diz, estamos tendo nosso PRIMEIRO João Paulo, único, amado e esperado como imagem e semelhança de Deus, mas único diante de Deus. Assim podemos responder que temos três gestações, três grandes adventos, mas únicos, pois temos:

- Um Pedro Paulo
- Uma Maria Clara
- Um João Paulo

Alexandre e Gil

domingo, 1 de janeiro de 2012

Família Santa, instrumentos heróicos da Mãe e Educadora

Por ocasião de sua consagração, o XV Curso da União de Famílias de Schoenstatt se apresentou em vídeo, compartilhando sua caminhada e seu ideal de Família Santa, instrumentos heróicos da Mãe e Educadora!


Nós do XX Curso nos unimos com alegria a este marco de nossos irmãos mais próximos da União de Famílias!

Solenidade Mãe de Deus

Das Cartas de Santo Atanásio, bispo


(Epist. ad Epictetum, 5-9: PG 26, 1058. 1062-1066)

(Séc. IV)


O Verbo assumiu nossa natureza no seio de Maria

O Verbo de Deus veio em auxílio da descendência de Abraão, como diz o Apóstolo. Por isso devia fazer-se em tudo semelhante aos irmãos (Hb 2,16-17) e assumir um corpo semelhante ao nosso. Eis por que Maria está verdadeiramente presente neste mistério; foi dela que o Verbo assumiu, como próprio, aquele corpo que havia de oferecer por nós. A Sagrada Escritura, recordando este nascimento, diz: Envolveu-o em panos (Lc 2,7); proclama felizes os seios que o amamentaram e fala também do sacrifício oferecido pelo nascimento deste Primogênito. O anjo Gabriel, com prudência e sabedoria, já o anunciara a Maria; não lhe disse simplesmente: aquele que nascer em ti, para não se julgar que se tratava de um corpo extrínseco nela introduzido; mas: de ti (cf. Lc 1,35 Vulg.), para se acreditar que o fruto desta concepção procedia realmente de Maria.

Assim foi que o Verbo, recebendo nossa natureza humana e oferecendo-a em sacrifício, assumiu-a em sua totalidade, para nos revestir depois da sua natureza divina, segundo as palavras do Apóstolo: É preciso que este ser corruptível se vista de incorruptibilidade; é preciso que este ser mortal se vista de imortalidade (1Cor 15,53).

Estas coisas não se realizaram de maneira fictícia, como julgam alguns, o que é inadmissível! Nosso Salvador fez-se verdadeiro homem, alcançando assim a salvação do homem na sua totalidade. Nossa salvação não é absolutamente algo de fictício, nem limitado só ao corpo; mas realmente a salvação do homem todo, corpo e alma, foi realizada pelo Verbo de Deus. A natureza que ele recebeu de Maria era uma natureza humana, segundo as divinas Escrituras, e o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro. Digo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso. Maria é portanto nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão.

As palavras de João: O Verbo se fez carne (Jo 1,14) têm o mesmo sentido que se pode atribuir a uma expressão semelhante de Paulo: O Cristo fez-se maldição por nós (cf. Gl 3,13). Pois da íntima e estreita união com o Verbo, resultou para o corpo humano um engrandecimento sem par: de mortal tornou-se imortal; sendo animal, tornou-se espiritual; terreno, transpôs as portas do céu.

Contudo, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio de Maria, a Trindade continua sendo a mesma Trindade, sem aumento nem diminuição. É sempre perfeita, e na Trindade reconhecemos uma só Divindade; assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo.

Ricardo Alexandre

Feliz 2012!

Estamos na porta do ano de 2012 e em breve faremos a passagem do “velho para o novo”!

Enquanto ainda celebramos a oitava do Natal, peçamos ao Menino Jesus que nos presenteie com este novo ano que se aproxima, pois para que o mesmo seja de fato NOVO deve brotar da manjedoura do Menino Luz!

Que nosso coração possa irradiar a alegria de sermos Cristãos, e assim fazermos deste presente o melhor ano entre os quais já vivemos, e sucessivamente ano após ano, poderemos renovar esta intenção e vivermos sempre mais felizes.

Que a Mãe de Deus, cuja maternidade celebramos hoje, possa ser nossa intercessora e modelo de Alegria e Simplicidade, e nos ensine a cada dia exclamarmos: Minha alma Glorifica ao Senhor!

Alexandre e Gil